21 de março de 2007

reencarnação


Quando conheci o Bruno, conheci também o seu bebé que tinha na altura um ano e meio. E como sou assim, casei com o Bruno e adoptei o JB. Sou a madrasta querida. Pelo menos tento fazê-lo dizer isso.
O JB rapidamente se apaixonou pela Boni e ela por ele. Ainda ele andava de fraldas quando a Gioconda quase o mordeu e desde aí a Boni o defendia. Quando ela morreu, ele não perguntou por ela. Perguntou pela Joana (a coelha) e se ela tinha voado para o céu. Só depois de conhecer a Mimi ele se lembrou da Boni.
Eu não percebo nada de reencarnação, só gostei do nome para o post mas acredito que temos um espírito e os animais também. E as plantas também. A Boni foi para o céu e diz-se por estas bandas que reencarnou na Mimi (o criador registou-a como Boni antes de o conhecermos). Ora eu, que adoro imaginar que o meu Dunga andava comigo pela casa já depois do cancro, das dores e da eutanásia, adoro também pensar que a Móni nos visita. Imagino muitas coisas que me fazem sentir profundamente feliz e me dão ideias para muitos desenhos, pinturas e histórias ilustradas.

Bem, o que quero dizer é que (e já tenho a lagriminha aqui pronta), quando a Mimi viu o JB na semana passada, ela não era a Mimi. Era a Boni. A alegria dela, os milhões de beijos, os empurrões e saltos de um corpo jovem e revigorado, no reencontro com o seu amigo. O JB já antes dizia que a Mimi parece a Boni mas na semana passada, depois de ver como "o rabinho dela é igual" ao da defunta, finalmente concluiu: "Ela é a Boni." Ao que eu respondi "Parece a Boni, não é?"

"Não. Ela é a Boni."

E foi depois de ver esta foto que eu acreditei. A Mimi a aprender jardinagem. Ela não gosta especialmente de estar ali parada. Eu sei que prefere destruir os copinhos de plástico, saltar para cima do JB, sujar-se de terra, beber água suja e depois ir fazer outra coisa porque há pouco tempo antes da próxima sesta. Mas ela fica quieta a olhar para ele, fingindo-se de interessada. Nos olhos dela, o amor e compreensão da Boni. Num corpo novo.
Agora sim, perdi a credibilidade que me restava.

7 comentários:

Anónimo disse...

A minha lagriminha saltou...
Rita

Anónimo disse...

tenho saudades da boxi...

Anónimo disse...

Tchhh!
Quase que me afogo nas minhas próprias lágrimas. E no ranho também!

Será que gatos podem reencarnar em coelhos?

Beijinho

Anónimo disse...

O JB é muito giro! Eu também tenho um enteado (mais uma...), mas já tem 9 anos. Adora o irmão (e vice-versa) e ambos adoram os nossos cães.

Eu nem quero pensar no dia em que a minha Salsa nos faltar... E ainda menos em como vai reagir o Miguel...

Força amiga!

Ana M.

Van Dog disse...

Que bonito!

Anónimo disse...

Minhas Ritas queridas... nunca achei que faria alguém chorar com as minha historinhas. Eu acredito que o espírito não morre e se deixa o corpo morto, vai para algum lado. Gosto de pensar que voa e vai para o céu, renovado e brilhante.
Obrigada às 3 pelos vossos comentários sempre tão queridos. E obrigada Van-Dog, beijocas :)

Fabi Sehnem disse...

Minha lágrima quase saltou...
Adoro ler seu blog. Tornou-se leitura diária. Tenho muito carinho pelos animais tb e acredito que eles vão para o céu. Vc já leu a "ponte do arco-íris"? Posso mandar para vc...
Meu enteado me chama de Boadrasta (às vezes rsrs)
Bjos