Um dia tinha cinco anos e decidi que ia aprender sozinha a andar de bicicleta sem rodinhas. Bastou uma manhã, a minha mãe dentro de casa e dois ou três tombos pequeninos.
Um dia entrei para o 10º ano e falava-se de praxes humilhantes. Fui sozinha para o liceu no primeiro dia de aulas.
Um dia decidi licenciar-me em Pintura. Bastaram-me cinco anos para sair de lá. Ainda não sei em quantos anos aprenderei a pintar.
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Desta não me orgulho mas rio sempre: um dia (tinha uns 13/14 anos) deram-me uma bofetada na cara - a única que levei na vida. Subiu-me uma lava vinda das profundezas do meu ser doce e meigo que saltou palma fora e assentou na cara daquela tonta que se atreveu a tocar-me na auto-estima.
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4 comentários:
Adoro estas partilhas! É tão bom ir-te conhecendo, devagarinho. :)
Beijinhos, querida.
olha tanta coisa q temos em comum: no 10º ano decidi virar costas a td e a todos e fui para um liceu onde n conhecia ninguém, estava a precisar começar de novo, soube bem e ainda hj acho q foi a melhor coisa q fiz na vida... a seguir foram só coisas boas :)
Tb sou assim, às vezes acagaço-me, mas dp dá-me uma fúria, viro-me de frente para os problemas, ponho a mãozita na anca e digo-lhes: "Anda cá a ver sézómem!!" :D
bjs
ahahahahahaha!!
Devias orgulhar-te desse acontecimento, sim, numa idade tão característica, é de louvar o teu gesto tão protector de ti-mesma!
:)
Muito boa gente trataria de se encolher num canto e chorar. Gosto de isso de enfrentares a vida de frente!
Aos 13-14 eu era a primeira a dar a bofetada quando me feriam o orgulho. Achava na altura que valia a pena defender com o corpo as feridas da alma.
Ana Cristina
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