27 de abril de 2007
devagarinho editora?
De volta da impressora na primeira edição do Histórias Pequeninas, imagino-me a realizar o meu sonho de trabalhar em casa: fazer coisas de que gosto para pessoas que valorizam o meu trabalho.
Cresci a ver o meu pai sofrer por não ter o emprego com que sonhou. Talvez essa marca tenha ficado gravada dentro de mim, com a promessa de que só faria na vida aquilo de que gostasse. Até quando fui secretária/recepcionista, tinha sempre o bloco e os marcadores comigo (o patrãozinho não levava a mal). Até mesmo aí os meninos se sentavam à minha volta, uns em cima dos outros, dois em cada banco, um em cada joelho meu, para desenharmos e pintarmos muito, deixando a contabilidade e a organização para segundo plano. Posso não ter sido grande secretária ("Estou? Boa tarde, daqui fala a Natacha. É que me enganei nas contas e roubei-lhe €5.50...") mas mesmo assim consegui contornar a arrogância dos alguns que me olharam de cima, provando que nunca se é só uma secretária.
Os meus alunos andam a ilustrar alguns dos artigos da D.U.D.A.. É impressionante vê-los retratar o sofrimento dos animais. Ainda tenho esperança na humanidade... Para a semana levo a D.U.D.H..
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3 comentários:
muito bem!! ;)
Natacha, nunca a vi como uma secretária convencional, isso é verdade...
E lembro-me de no 1º dia, eu - preconceituosa claro está- ter "estranhado" aquela afeição com as miúdas; não ter um computador para as inscrições; ser tudo muito familiar e "pouco" profissional...
Afinal, essa sua atitude, enquanto "secretária" era grandiosa e desconfio que era o mais importante que aquelas miúdas levavam para casa depois das aulas!! Nunca mude! Mas ajude-nos isso sim a mudar-nos!
Bjos
Querida Fátima :) muito obrigada! Não sei se todos me terão visto com esses olhos mas acho que se eu tivesse de ser diferente, se calhar não teria durado uma semana atrás da secretária :)
Beijinhos para si e para as meninas***
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