28 de outubro de 2009
algures na selva
A savana e a floresta tropical só se cruzam na fantasia, não é?... Se até eu fico confusa, imagino as crianças.
A não ser que façamos por investigar, somos permanentemente aldrabados acerca da vida dos outros animais. Depois é natural que ninguém se choque ao ver elefantes em contacto com cimento, chimpanzés em contacto com grades e golfinhos em contacto com vidro. Mas isso ficará para um dos meus posts mega-vegetarianos-ultra-radicais-e-super-moralistas... ou não.
Eu decidi que nunca mais iria a um jardim zoológico, quando era ainda pequena. Tinha talvez 12 anos. Estávamos no Zoo de Lisboa e eu fiquei muito tempo a olhar para os olhos dum gorila. E ele para os meus. Também dei de comer a um tucano através da rede que o separava de mim. Achei que dar amendoins e bolachas aos animais me faria sentir melhor. Mas nada me aliviou tanto como ver-me dali para fora. E não, obrigada, eu não quero visitar o novo zoo de lisboa. Não por enquanto.
O conceito de selva em que todas as espécies se reunem é muito humano. Mas gosto dele. Algures nos livros, nos filmes, nas salas de aula, nos sonhos, nas pinturas. Onde toda a informação se cruza e (nos) confunde. Algures, muito longe da verdade, os animais juntam-se e riem-se. Felizes em comunhão uns com os outros e, já agora, connosco também.
Algures, no quarto dum bebé de um mês e meio. Que se riu para mim com todas as gengivas que tem.
:)
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4 comentários:
Oh! O tema dos zoos dá pano para mangas. Há quem diga que hoje em dia é uma maneira de proteger espécies em extinção.
Eu pessoalmente também não gosto. Mas sou muito a favor das reservas onde todos coesistem sem o perigo de ataque humano. Mas... e dinheiro e disponibilidade política para as fazer?...
mais uma vez... amazing =)
Ficou tão Bonito! Como sempre :)
o bébe R. vai ter sonhos muito bonitos
:)
sabes há pouco tempo tive a oportunidade de visitar este quarto, fiquei tão contente de poder tocar numa das tuas pinturas...fiquei muito feliz :)
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