às vezes lembro-me de coisas
Eu e a Carlita tínhamos gravura na faculdade. Acho que toda a gente devia experimentar fazer gravura, é tão interessante... e acredito que exercita imenso o cérebro.
Então. Saíamos da oficina com as mãos imundas. As unhas pretas, apesar do diluente, do gel tira-nódoas, do sabão, da água, da escovinha. Às oito horas da noite íamos para casa cozinhar e comer e rir muito (uma das melhores coisas que me aconteceram na vida: morar com alguém que se ri tanto quanto eu). Antes passávamos pelo supermercado Tomita, ao lado do café Cifrão. Tenho esta imagem das minhas mãos sujas em contacto com as da menina da caixa, de pensar no que ela pensaria.
Com o passar dos dias a tinta ia desaparecendo (íamos quase todos os dias ao Tomita da Rodrigues de Freitas), até à aula seguinte.
Foram meses com as unhas pretas. Que saudades.
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3 comentários:
sabem tão bem estas recordações... ;)
Antes de mais, gostaria de lhe dizer que, embora leitora atenta deste blog há muito tempo, esta é a primeira vez que comento.
Resolvi fazê-lo hoje porque, ao ler uma notícia que deveras me agradou, me lembrei imediatamente de si, amiga e defensora dos animais como eu.
Aqui está:
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=C2D8EC37-A6D6-4E4A-8666-2052FEF0FBB0&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010
Peço desculpa por deixar este comentário num post que em nada se relaciona com o tema.
Espero que a notícia a faça sorrir, como a mim fez!
Se quizeres sujares as unhas novamente é só dizeres ouvis-te!
Aqui no ateleier temos alem da serigrafia a gravura!
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