Não fiquei atrapalhada nem histérica, a Di fez isso por mim. Liguei para todos os números que me levariam até ao meu carro. Falei com pessoas simpáticas que me deram música e lá fomos nós em busca do parque de estacionamento onde algumas dezenas de carros esperavam pelos seus donos.
O parque era no fim do mundo e nós carregadas com sacos e coisas minhas. Finalmente descemos um túnel e encontrámos dois senhores numa cabine a contar moedas. Entretanto começam a chegar outros donos de carros rebocados. Já me tinham dito ao telefone que teria de pagar €60. E paguei. Entretanto, na fila para a cabine, uma senhora na mesma situação que eu perguntou-me se era esse o valor total a pagar. Eu disse que sim mas fui interrompida por um dos senhores. Os €60 são pelo reboque e pela estadia no seu parque com vista para o Douro. Agora há-de vir parar à minha caixa de correio uma multa de €150 de estacionamento proibido.
Pois foi aí que eu perdi a paciência (que estava a esgotar-se lentamente à medida que um dos senhores preenchia a passo de caracol a minha ficha). Vou descrever as circunstâncias em que estacionei:
- Fim de tarde;
- chove;
- a rua está repleta de carros estacionados;
- sei que a máquina de pagamento do estacionamento não existe, logo não há obrigação de pagar nada.
Pergunta: "Alguém que já estacionou na Rua da Torrinha se põe a observar a presença de plaquinhas discretinhas afixadas nos postes que já lá estão há meses (se não anos)?
Outra pergunta:
"Alguém que conhece o trânsito e respectiva sinalização da cidade do Porto, leva a sério uma plaquinha amarelinha?"
Só mais uma:
"Não será um pouco perverso colocar chapinhas das obras em postes para os quais já ninguém olha (uma vez que a Câmara Municipal não substituiu a máquina dos tickets), tentando subitamente pô-los a funcionar?"
Ora eu acabo de descobrir por experiência própria que é muito mais lucrativo correr os carros todos a multas de €210 num dia, do que cobrar pelo estacionamento à hora durante meses. E melhor ainda é esconder chapinhas, em vez de colar avisos nas portas dos prédios. Realmente não há por que pôr uma máquina nova na rua da Di.
Pergunta:
Quem adivinha se eu vou ou não pagar os €150?
7 comentários:
Conheço muito bem a Rua da Torrinha, morei lá dois anos. Mas, já lá vão seis anos desde que saí de lá e, se bem me lembro e se ainda continua tudo na mesma, os postes abundam e a confusão é muita e, pelos vistos, aumenta em situação de obras.
Há prémio para quem adivinhar se pagas ou não? Bem, podes sempre recorrer.
Sandra Silva, Viana do Castelo
Eheheh Sandra. Não pago mas não pago mesmo. Recorro, escrevo e relato, fotografo, protesto. Mas não pago.
Beijinho :)
pois nao pagas nao!!! Estou em furia até agora e ja me senti mais ridicula por isso do que me sinto neste momento. É incrivel o abuso de autoridade..esta rua é caos!
não pagas tu nem ninguem. . digo eu..
Parece-me muito bem que não pagues!
é pena que esse tipo de coisas continue... nessa rua, e em qualquer outra "rua perto de si"... quando eles se lembram, é mesmo assim...
Desde quando uma multa de estacionamento são 150eur?
Não pagues, obviamente.
O chato foi já teres pago os 60eur, mas não há volta a dar, caso queiras o carro...
Este país está perdido.
Volta, D. Filipe III!
nao é so neste pais! inda agora voltei da holanda onde as 7h e pco da manha nos iam rebocar as bicicletas, sim as bicicletas e sim correctamente estacionadas!! tudo pq n respeitamos uma placa que, surpresa das surpresas, tava tda escrita em holandes ( a placa devia, pelo q percebems mais tarde, dizer q no dia da festa da rainha as bicicletas e respectivos estacionamentos seriam retirados pa montar os palcos!
era rita que queria escrever
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