O JB acorda a falar em chocolates, é teimoso como eu nunca vi uma criança ser, desenha e pinta bem, adora animais (dá-lhes beijos e é lambido por eles sem o menor medo ou nojo), ri-se de coisas muito tontas e está viciado no computador. É apaixonado pela minha mãe e vê na Cilu um ombro muito amigo. O JB é um mini-me e isto não é necessariamente uma qualidade.
Uma birra feia por querer continuar a jogar computador depois de 1h30 foi razão suficiente para eu decidir em pensamento que, tão cedo, dependendo de mim, não volta a pôr as mãozinhas no rato ou os olhos no ecrã. A destreza com que manipula o computador, assim como a velocidade nos reflexos, denunciam o seu profissionalismo nos jogos online.
Também a paranóia dos doces e a dependência do chocolate são extra-genes. Desconfio que a culpa é minha, pelo tom apaixonado com que falo do assunto e pelo brilho nos meus olhos que não consigo esconder. Para contrariar a tendência já cozinhou mais salgados do que doces connosco.
E no que toca à teimosia (que já está no sangue)... É por eu ser teimosa que consigo tratar deste teimoso de palmo e meio.
Todos os meus esforços no que respeita à educação do mini-me são para contrariar a semelhança nos nossos defeitos. Até agora tenho tido sucesso.
"Quero chocolate! Quero gelado! Quero bolachas!"
(Acabou por comer bananas (!!!) ao lanche e cerejas e morangos depois do almoço. Tantos morangos que só houve espaço para um bombom, no fim.)
"Quero jogar joguinho! Na casa da Zezé e do João Grande tem joguinho?"
(Acabou por fazer plantações imaginárias e bolos de terra.)
"Quero jogar joguinho!"
(Acabou por fazer uma pintura no atelier.)
"Agora quero desenhar no teu quadro."
(E desenhou.)
Educação 1 / Madrasta 0
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1 comentário:
:)
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