Se há coisa que faz bem ao cérebro é pasmar nas férias. Sem culpa. A medicação ajuda, assim como o sono em dia. Mas a despreocupação e o riso sinceros fazem milagres. Eu sou uma felizarda. Tenho pessoas na vida que me enchem de riso, de festinhas, de palavras. Que me fazem sentir leve e solta e confiante como se só coisas boas estivessem para acontecer e eu pudesse fechar os olhos.
Estávamos na esplanada. O sol do Algarve queima, o ar é doce e as pessoas falam no gerúndio. Estar sentada a preguiçar de pés descalços na cadeira da frente, com a minha irmã ao lado e um gelado na boca é o paraíso na terra. Os anjos da guarda continuam por lá. Fazem-me rir até ficar com dores na cara, com os disparates que dizem e que os fazem passar por gente comum. Depois há os jantares e os copos e beijos e abraços apertados, apesar da gripe.
Estávamos na esplanada. A pasmar. Ela é preta e eu, mesmo morena, ao lado dela sou branca. Ela lê o jornal e eu leio revistas parvas porque os meus neurónios sobreviventes assim me pedem. Às tantas passo os olhos num artigo parvo de revista parva, sobre amigas. Estávamos na esplanada, e eu li em voz alta:
"- A verdadeira amiga é aquela em quem confiamos a 100%. - ...És tu, minha cabra."
E ela:
"- És tu, minha puta."
E que bom que assim é.
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7 comentários:
e que bem que sabe...
;)
Eheheheh
Beijinhos da Ana Cristina
imperdível... o teu blog é pura e simplesmente imperdível!
beijos na boca*
É mesmo isso... mesmo, mesmo, mesmo...
Oh Nat, não deu para nos encontrarmos... ficará para a próxima.
Mil beijos, Rita
Tenho uma irmã que se chama Juliana não sei como sobreviveria sem ela , consegue ser racional e de bom coração ao mesmo tempo, é muita sorte um grande abraço Nat!
... O tanto que esta conversa me lembrou outras ... lol
É bom passar por aqui e ver o "vermelho devagarinho" assim, tão "agitadinho"... O teu blog está imperdível :)
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