O nosso herói tem quatro anos, fala à sopinha de massa e tem uma espada que brilha azul-verde-vermelho-super-abichanada-mas-eu-só-penso-não-digo. Tem vergonha de brincar às lutas incríveis na frente do pai, então fecha-se no quarto comigo e salva-me de todos os monstros horríveis que eu descrevo. Põe uma voz grave, franze o sobrolho e diz "eu vou combatê-lo!".
Primeiro matava tudo. Cortava os inimigos que eram ursos. Mas depois de eu mostrar muita pena deles e de começar a preferir o robôssauro, desatámos a afugentar monstros com várias cabeças e pernas, olhos de mau e bocas cheias de dentes afiados que deitam fogo. Em vez de morrerem e ficarem ali no chão, morrem (porque morrer é ser derrotado) e vão embora para a casa deles. Soltam puns de medo. São almofadas, cabeceira da cama, cómoda, cortinas, cesto da roupa suja, ar e vento.
A thpada máthica thu notho herói tranthforma-o em monthru, fath-me uma catha com árvorth que dão cadernuth e canetath... e na hora thu banho, lava-o com mathia para ele poder continuar a brincar.
O nosso herói desenhou um pássaro e foi entregar-mo à cama com jeitinho. E eu quase me esqueço das birras que me tiram do sério.
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6 comentários:
És maravilhosa..
Como é que com o passar do tempo deixamos de ver o Mundo assim, tão simples, tão colorido, mágico, eu diria...?
Aproveita bem esses momentos, são únicos.
Olá Natacha
Este link no meu blog também pode ajudar a divulgar o teu trabalho, sim?
Beijinhos
Bem, confesso que estou viciada neste blog! Farto-me de rir. "Dão puns de medo"... ahahahah!
:D
é uma ternura ler-te falando dele!!! :-) adorei!!
bjo
Este meu 'sobrinho' é um doce. Tão fofo. Muitas beijcas da titia Nhocas
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