Um quarto para um lindo bebé. Madruguei, conduzi o carro do meu pai até ao cimo do Minho, pintei e vim embora. Exausta.
E o trânsito que apanhei, das pessoas que voltam da praia.
Se há coisa que eu nunca, mas nunca, mas NUNCA faço, é furar filas. E depois de muitos quilómetros, se há coisa que eu odeio é que, numa fila, apareçam seres mais inteligentes do que eu, que desprezam a mim e ao sinal de cedência de passagem, que me passam ao lado direito sem sequer me olharem nos olhos como quem "posso?", aproximando-se perigosamente e cheios de pressa, esticando a minha cólera até ao infinito e fazendo-me colar o focinho do meu carro ao rabo do carro da frente. Não peço que quase metam a cabeça de fora com um sorriso parvo e grandes agradecimentos, como eu. Mas olhar e levantar a mãozinha, para mim é obrigatório. E enquanto eu não for a rainha do código da estrada, farei justiça pelas minhas próprias mãos (e pelo próprio carro do meu pai).
Caro amigo que tinhas um carro enorme mas não maior que a tua má educação:
Roguei-te uma das minhas poderosas-super-pragas-imaginárias. É bom que saibas que se fores um dos que no Domingo vai à tradicional tourada da nossa bela Romaria, o touro há-de se enfiar bancada adentro para te fazer qualquer coisa semelhante a um clister.
Se não fores à tourada, então a esta hora já te deu a diarreia galopante e eu já me estou a rir só de imaginar o banco do teu super-carrão-chique.
Se soubesses que eu já tinha feito 140km a apreciar asneiras tipicamente agosteiras e dezenas (milhares!) de cartazes da tourada de Domingo, talvez não tivesses feito o que fizeste. Agora cheguei mal disposta a casa e continuo a recordar o momento em que não te deixei entrar na fila.
13 de agosto de 2007
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2 comentários:
como eu te compreendo...e andamos a pagar para ir ao zoo ver os animais, com tantos que há por aí na estrada.
Essa do "Clister" foi forte.Coitado do homem, se bem que hajam aqueles que merecem.
Concordo com a Rute e ainda dizem por aí que o ser humano é racional, à vezes não parece!
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