23 de janeiro de 2007

Pedigree e não sei quê...


Na casa dos meus pais há dois bebés novos: a Mimi e o Matias.
O Matias chegou primeiro, doente e magro. Com feridas no focinho e a espirrar ranho amarelo.
A Mimi veio depois, com os seus documentos anexados e o resisto, como lhe chamou o criador.
A Mimi custou centenas de euros. O Matias não custou nada, coitado.
A Mimi dá puns insuportavelmente mal-cheirosos, vai ao sotão deixar-nos presentes com assinatura autenticada e volta para baixo, correndo livremente para o quintal. O Matias sabe ir ao caixotinho desde que entrou em casa.
Quando os vejo à batatada no sofá, vejo uma cadela boxer e um gatinho rafeiro. A Mimi não mata o Matias porque não quer. São muito amigos. Vê-se bem que não sabem que são de espécies diferentes (ingenuidade de bebé) nem de onde vieram, muito menos quanto custaram. Pegam-se e fazem coisas horríveis um ao outro e eu... torço sempre pelo Matias. Ele não tem pedigree nem raça definida. Não é filho de nenhum super-campeão-das-exposições-onde-pessoas-exibem-animais e foi abandonado pela mãe. No entanto, liga o ronrom mal falamos com ele.
Gosto dos dois, mas torço pelo Matias porque torcerei sempre pelos rafeiros, que nos amam tanto como os especiais de corrida, mas não custam um tostão.

4 comentários:

BrU disse...

:)

Anónimo disse...

Lindos!

Anónimo disse...

Lindos, os MM's e o texto que está maravilhoso. :)

helena zália disse...

São ambos lindos .... mas eu torço pela Mimi :)) .... Não pelo facto de "não ser rafeira", mas pelo facto de ser boxer. São os cães mais fantásticos que eu conheço. E o meu Mike não custou um tostão(foi oferecido) mas vale milhões!!
:)