14 de fevereiro de 2007

quem vem e atravessa o rio


Hoje fui ao Porto. Mal cheguei vi um homem a atirar um papel para o chão como quem não fez nada e comecei logo a alucinar. Mas depois chegaram as saudades.
Campanhã. Quatro piscas. O dono de um carro prestes a ir embora: "Quer estacionar? Quer estacionar menina?"
Trânsito. Carros por todo o lado, filas, semáforos, estacionamentos inacreditáveis sem multa e sem nada. No Porto eu conduzo como quero, até pareço taxista e divirto-me com a minha Bruxinha agarrada à porta, apavorada.
No café: "SAI UM PINGUINHO DE SIMBALINO FAZ FAVOR!"
Papelaria da faculdade: "Já tem este porta-chaves há muito tempo, não tem? Eu lembro-me dele. (...) Tchau menina, tudo de bom."

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3 comentários:

Anónimo disse...

É muito curioso para mim que tenha falado do Porto nesta altura, e ainda mais da maneira que falou...

Eu tenho muito boas recordações do Porto (daquelas de infância, que não se apagam) e outras menos boas; por isso tenho sentimentos ambivalentes em relação a essa cidade.

E nesta altura ainda mais fortes porque, daqui a pouco mais de uma semana, jogar-se-á uma parte importante da minha carreira profissional, precisamente nessa cidade. E eu queria muito estar optimista, mas não sei porquê não estou...

Desculpe, Natacha, invadir o seu cantinho com um desabafo tão inútil (mas acho que foi pq me estou a habituar a vir visitá-la e me sinto "em casa"...).

Um beijinho,

Ana Montalvão

Anónimo disse...

Querida Ana:
Gosto muito que "me visite", fico muito lisonjeada. Também sinto que a Ana já faz parte do vermelho devagarinho, pela atenção e carinho e pelos comentários sempre tão simpáticos! Volte sempre, por favor :) e trate-me por tu, que eu já vejo em si uma amiga cúmplice ;)
Espero que tudo corra bem na sua vida e que encontre no Porto um lado positivo bem maior que o "menos bom".
Um beijinho e muito obrigada!

Anónimo disse...

Obrigada a ti, Natacha, pela "hospitalidade"...

Ainda houve outra coisa que me tocou neste "post": há uns 4 anos voltei (de visita) à minha Faculdade, esperando sentir-me uma estranha ou, pelo menos, passar completamente despercebida. Qual não foi o meu espanto quando, ao fundo de uma escadaria, um funcionário/"contínuo" me olhava com simpatia: "Então? Anda perdida ou voltou a casa?"...

É desarmante, mas sabe bem... :D

Beijinho, Natacha.

Ana Montalvão