29 de janeiro de 2014
9/1/2014
Acorda desfeito em sorrisos, junta as mãozinhas como quem bate palmas e dá pontapés de emoção. Chegou o momento alto do dia dele: acordar e ver-nos. Damos-lhe a cara e pedimos beijinhos e ele faz o melhor que consegue, ora chucha, ora nos lambe. O meu filho acredita que a vida é uma festa, e celebra-a todos os dias. Quando me desoriento um bocadinho lá está ele para me lembrar que uma existência onde há colo, elogios, sorrisos e muitos, tantos beijos, é só. É tudo.
24 de janeiro de 2014
27/8/2013
Quem a vê andar a passo rápido pelos corredores da Waterloo Station, a ler o jornal em pé sem pedinchar um lugar sentado, não sabe nem sonha o que é ter um menino às marradas no colo do útero, 13 kg extra em cima de dois pés de elefante, perder o fôlego porque a barriga se faz pedra até às costelas e que o que ela quer mesmo é chegar depressa a casa, arrancar as roupas, ser toda mamas e barriga, andar como um pinguim e ignorar todo e qualquer objecto que lhe caia ao chão.
Um charme de moça.
13/8/2013
O meu filho ainda não nasceu mas já tem mais roupa e mais estilo que eu. Não sei se ria, se chore.
20/7/2013
Profundamente apaixonada por este corpo mamífero-grávido e pela pessoinha que nele mora, que faz habilidades quando eu lhe peço e que parece dar pelo nome. Embriagada pelas hormonas e por essa coisa superior que levou o Homem a inventar a religião. Tudo na natureza me fascina.
21/5/2013
Dizem-me que destino dar ao meu talento, pintar e expor, dar aulas, organizar workshops, ser rica no reino unido, quando o que eu sonho é ilustrar livrinhos, servir soya cappuccinos e ser feliz a vida inteira. Doce liberdade.
23/4/2013
Às 20 semanas - Metade.
"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
(...)
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também."
"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
(...)
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também."
18/4/2013
Não preciso de me informar mais para concluir que o soutien foi inventado por uma mulher grávida. E biba a copa F, sim, F de f#da-se!
6/3/2013
Ir ao mercado ao fim do dia para bem do meu ego (ou como um sorriso arranca mega-descontos): os vendedores (já a empacotarem para irem embora) vendem-me fruta e legumes a metade do preço, oferecem-me coisas sem eu pedir, cedem quando eu regateio e ainda me chamam darling. Coisas fofas.
1/3/2013
A flexibilidade da minha paciência e a minha tolerância à frustração surpreendem-me. Uma lagriminha aqui, um chocolatinho preto ali, e cá estou eu, inteira. E orgulhosa.
26/1/2013
Os gatos dos vizinhos de cima entram-nos em casa pela janela e julgam que a casa é deles. Aliás, julgam que o bairro é deles, e até Londres inteira seria deles, se fossem passear mais longe em vez de se enfiarem na nossa cama. Eu sou a pessoa de estimação, embora só um deles (o macho) me estime e ronrone e me deixe dar-lhe beijinhos na cabeça.
9/1/2013
Ninguém viveu a sério até ter o seu bigode minhoto arrancado com fios por uma senhora impiedosa num cabeleireiro ranhoso, chorar sem parar durante dois minutos e depois de se ver ao espelho decidir que aquilo é a melhor coisa do mondó!
tenho de voltar a este blog
Vou escrevendo pensamentos e desabafos no facebook porque é o que está mais à mão, mas este blog não devia deixar de ser a minha caixinha (pública) de recados para mim mesma. Pelo que vou transferi-los para aqui. O facebook às vezes cansa-me.
Tanta coisa aqui guardada ao longo de sete anos. Algumas coisas já esqueci. Volto lá atrás, encontro fotos que não me lembro de tirar e textos que não me lembro de escrever. Tenho de tirar mais fotos. Tenho de voltar aqui.
Tanta coisa aqui guardada ao longo de sete anos. Algumas coisas já esqueci. Volto lá atrás, encontro fotos que não me lembro de tirar e textos que não me lembro de escrever. Tenho de tirar mais fotos. Tenho de voltar aqui.
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