Há dias eu e a Babá fizemos uma aposta. Depois de uma aula intensa no ginásio fomos jantar e eu (bipolar) dizia que gosto tanto de salada e de bróculos cozidos com azeite, como de gelado. Ela perguntou-me se sabia quantas calorias tem o azeite, eu disse trezentas, quatrocentas, talvez. "Não senhora, tem novecentas! Ó Babá estás tola. Por cem gramas? Nem pensar. Mas é que nem pensar! Tem novecentas!!! Não tem nada!!! Vale uma aposta? Pimba! Uma mousse de chocolate! Pimba! Um gelado de meio litro! - e a Cilu no meio: e eu que sou a testemulha da aposta, o que ganho eu???"
(Comédia da vida privada: a Babá a pedir uma garrafa de azeite num restaurante só para ver a informação nutricional, eu às gargalhadas e um funcionário a querer entrar na aposta.)
Perdi a aposta. Novecentas calorias, filho da mãe do azeite, grandessíssimo traidor.
A mousse da Babá tinha de ser caseirinha e com chocolate Avianense. Fi-la hoje. Comprei uma tablete para mim, comi um bocadinho com o café e fiz uma viagem no tempo. O Avianense é o chocolate da minha infância. No pão com manteiga(!), na mousse da minha avó, na barraquinha da feira do livro. Quando a fábrica (onde a Di muitos bombons embrulhou) era cá no centro de Viana e o sabor do chocolate era o mesmo de há vinte anos, o cheiro percorria a rua do Gontim e fazia-me babar.
A minha memória é um parque de diversões.
Sim, é para podermos comer porcarias que andamos no ginásio. Hihihihihi.
27 de novembro de 2008
26 de novembro de 2008
transpiração
Inspiração forçada. É quando, como ontem, me obrigo a criar alguma coisa. Há dias em que as ideias me vêm à cabeça e à mão sem que eu consiga impedi-las. E há outros, como ontem, em que me viro para o papel e risco e escrevo e me rodeio de lápis e canetas, cola e papéis e, como ontem, umas letras de decalque do tempo da faculdade. E espero que alguma coisa apareça. E fico atenta. Há dias em que desenhar é como dar à chave num carro que não pega. Às vezes nem de empurrão... Mas há outros, como ontem, em que já estou para desistir e aparece alguma coisa. Faz-se luz na minha fábrica.
Ainda não sei o que vou fazer com ela. Nem com os que se seguem. Se vou reproduzi-la, ampliá-la, pintá-la noutro suporte. Mas para evitar que se amontoe e se perca no meio dos outros desenhos (é o que acontece inevitavelmente nesta casa), este vai directinho para a minha loja empoeirada.
Ainda não sei o que vou fazer com ela. Nem com os que se seguem. Se vou reproduzi-la, ampliá-la, pintá-la noutro suporte. Mas para evitar que se amontoe e se perca no meio dos outros desenhos (é o que acontece inevitavelmente nesta casa), este vai directinho para a minha loja empoeirada.
25 de novembro de 2008
é favor ninguém me beliscar
Porque eu ainda só li uma vez a notícia.
Obrigada, Nhocas.
Estou tão feliz. Cá beijinho, Defensor Moura.
Obrigada, Nhocas.
Estou tão feliz. Cá beijinho, Defensor Moura.
22 de novembro de 2008
eles
Que me abraçam e me dão beijos nas bochechas e me cheiram o pescoço. E me dão a mão só por carinho e me metem o braço para dizer um segredo ou uma grande badalhoquice. Que se riem muito de mim e comigo. Que me fazem rir até chorar. Que me perguntam olhos nos olhos como é que eu estou. Me chamam para jantar e fazem vegetariano só por minha causa. E sobremesa com chocolate. Eles que me ralham (me insultam) por eu não sair de casa mais vezes e me dão uns abanões de vez em quando. Que me reencaminham emails daqueles muito lamechas. Que se viram contra mim com as saudades e me exigem por perto. Guardam anedotas muito secas ou sádicas para me contar porque sabem que eu adoro. Que aturam as minhas terríveis birras de sono. Eles que me dizem o quanto gostam de mim.
Os meus amigos são os melhores amigos que alguém como eu pode ter. Penso neles todos os dias, na minha sorte, e às vezes sinto que não mereço tanto. Mas agradeço muito. Muito.
Os meus amigos são os melhores amigos que alguém como eu pode ter. Penso neles todos os dias, na minha sorte, e às vezes sinto que não mereço tanto. Mas agradeço muito. Muito.
21 de novembro de 2008
rugas

Esta fotografia tem mais de vinte anos e eu reconheço-me perfeitamente.
Ontem encontrei fotografias de há seis anos e apercebi-me de que isto que hoje tenho na cara não é pele seca, não senhora. São rugas. Todas moldadas pelo riso, o que me deixa feliz, mas não deixam de ser rugas.
Agora vou fingir que não sou meia parva e vou voltar ao trabalho.
Na foto: o Tirone, um gato tão mau quanto bonito. Mordia toda a gente que lhe mexesse, excepto os meus pais. Ao colo da minha mãe ficava num tal estado de mimo que se babava em longos fios que se colavam à roupa dela...
E a Nikita, que nunca cresceu para além disto. Quando ficava atrapalhada, vinha a correr sentar-se num dos nossos pés.
voltei, voltei!





É muito gratificante sentir que o meu trabalho pode canalizar tanto amor e carinho. E que há quem me confie o que sente, sem medo. Muito obrigada, Helena. :)*
13 de novembro de 2008
vrrrum
Hoje acordei antes do despertador tocar. Já é costume. Acordo fresca como uma alface, às sete e qualquer coisa. O que nunca me aconteceu antes foi acordar à uma da manhã, prontinha para começar o dia. E que desorientada fiquei. Foi mudar de posição e fechar os olhos (normalmente resulta), foi mudar de posição e fechar os olhos outra vez, foi chichi, foi um episódio do CSI, foi um concurso absurdo que explora até ao último cêntimo a insónia dos portugueses, foi desligar a televisão e mudar de posição outra vez.
Ao fim de três horas de insónia decidi que não sou má pessoa por tomar o pequeno almoço às quatro da manhã.
Isto tudo para dizer que o descanso, vitaminas, pouca culpa e muito mimo fazem milagres. Milagres, sim, que se há uns meses me dissessem que eu voltaria a sentir-me cheia de energia e feliz da vidinha, não acreditaria.
Ao fim de três horas de insónia decidi que não sou má pessoa por tomar o pequeno almoço às quatro da manhã.
Isto tudo para dizer que o descanso, vitaminas, pouca culpa e muito mimo fazem milagres. Milagres, sim, que se há uns meses me dissessem que eu voltaria a sentir-me cheia de energia e feliz da vidinha, não acreditaria.
8 de novembro de 2008
se não podes vencê-los :)
Enquanto não fujo do Natal nem faço os postais deste ano, aproveito para pôr à venda os 15 conjuntos que sobraram do ano passado.
A combinação muitas ideias-pouco tempo às vezes deixa-me frustrada. A minha loja-blog está parada há tanto tempo. Tenho aprendido a não me culpar por não conseguir fazer tudo. E não aprendo sozinha. Obrigada, querida Mafalda.
A combinação muitas ideias-pouco tempo às vezes deixa-me frustrada. A minha loja-blog está parada há tanto tempo. Tenho aprendido a não me culpar por não conseguir fazer tudo. E não aprendo sozinha. Obrigada, querida Mafalda.
6 de novembro de 2008
novembro já? oh pá...
Gostava de me lembrar do dia em que deixei de gostar do Natal.
Já tentei tudo. Tudo menos fugir. Porque a minha vontade é essa. Fugir. Sei que é uma barbaridade. Que estou rodeada de pessoas que me amam, que não é justo... Mas eu queria fugir do Natal. Do desperdício de comida, dinheiro, papel... da ansiedade em que fico. O Natal vem contra mim como uma locomotiva e eu passo os meses seguintes a recolher os meus pedacinhos. Se pudesse viajava para longe. Como não po$$o, pensei em ir como voluntária para um hospital onde os pacientes tenham muita, muita pachorra...
Já tentei tudo. Tudo menos fugir. Porque a minha vontade é essa. Fugir. Sei que é uma barbaridade. Que estou rodeada de pessoas que me amam, que não é justo... Mas eu queria fugir do Natal. Do desperdício de comida, dinheiro, papel... da ansiedade em que fico. O Natal vem contra mim como uma locomotiva e eu passo os meses seguintes a recolher os meus pedacinhos. Se pudesse viajava para longe. Como não po$$o, pensei em ir como voluntária para um hospital onde os pacientes tenham muita, muita pachorra...
5 de novembro de 2008
3 de novembro de 2008
ahahahahahahaha
Já é tema habitual nos blogues que têm contadores de visitas: quais as palavras introduzidas no Google que encaminham internautas para o sítio errado. Há palavrinhas que trazem gente até aqui que eu já decorei: soutien vermelho, soutien copa, mamas, mamalhuda, coxa grossa, odeio o meu enteado... o que me deixa profundamente orgulhosa da qualidade e requinte da minha escrita.
Mas hoje... hoje tenho de agradecer à pessoa que escreveu no Google Natacha nua. Estou a rir-me até agora. Não do objecto de pesquisa (acredito que haja Natachas nuas mesmo agradáveis aos olhinhos) mas da imagem que me veio à cabeça. Ahahaha! Já disse e repito. O meu blog é um blog sério.
A propósito e ainda mais cómico:
Cocó na fralda
Sexo do porco com a porca
Mas hoje... hoje tenho de agradecer à pessoa que escreveu no Google Natacha nua. Estou a rir-me até agora. Não do objecto de pesquisa (acredito que haja Natachas nuas mesmo agradáveis aos olhinhos) mas da imagem que me veio à cabeça. Ahahaha! Já disse e repito. O meu blog é um blog sério.
A propósito e ainda mais cómico:
Cocó na fralda
Sexo do porco com a porca
2 de novembro de 2008
pateta alegre
Neste preciso momento o sol faz-me festinhas. Bendita casa esta, que me conquistou pelas janelas. No dia em que entrei aqui pela primeira vez era de manhã e o chão da sala parecia um espelho. Ainda pensei duas vezes. Mas isso foi porque não pude ver também a luz do entardecer.
Hoje estou como o rapaz do sexto andar.
Hoje estou como o rapaz do sexto andar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)