19 de junho de 2007

voa patim

O Patim morreu hoje e eu lamento tanto. Tanto...
O meu Patim. Histórias dele.

Quando a Joana* morreu eu saí do veterinário ainda de olhos inchados e disse: "Se não fosse vegetariana ia ali ao hipermercado e comprava outro coelho.". É demasiado irónico estarmos a lutar pela vida de uma coelha albina enquanto do outro lado da rua se vendem dezenas de coelhas albinas esfoladas e embrulhadas em celofane. Pensei se a Dra. chegaria a casa e comeria coelho ao jantar...
Apesar de todas as coisas desagradáveis que tenho ouvido ao longo dos tempos por achar que a vida animal merece todo o nosso respeito, não posso deixar de dizer o que penso.
Depois de ver um pato e um coelho brincarem, mimarem-se e dormirem encostados um ao outro, tenho a certeza absoluta de que nós humanos, enquanto espécie superior, ainda temos muito que lutar para tirar os olhos dos nossos umbigos. Não há arroz de pato que valha um Patim numa fábrica. Não há rimel que valha uma Joana a ser torturada em laboratório. Não há casamento que valha um leitãozinho morto. E por aí fora...

14 comentários:

  1. oh querida!
    que pena!
    o Patim que "fazia cocó e chichi a toda a hora"...
    Beijoca grande para ti :o*

    ResponderEliminar
  2. Anónimo00:06

    oh:(:(:(
    morreu o patinho que nos cocava a cabeca?
    peninha:(:(:(
    teeeeiiiia quereida.....

    ResponderEliminar
  3. Anónimo00:09

    PARABENS:):):)

    JA CONTEI TANTAS VEZES A HISTORIA DO TEU NASCIMENTO E DE COMO TE CONHECI FEITA TROUXA DE ROUPA SUJA AO OMBRO DA ENFERMEIRA:):):):)
    BEIJINHOS GRANDES E SAUDOSOS MUITO SAUDOSOS DA TEEEEEIIIIIA

    ResponderEliminar
  4. Parabéns, peste.
    :)

    (Pena, o Patim, saudades...)

    ResponderEliminar
  5. Anónimo00:53

    Parabens primi...!!! :) que pena tenho do patim... :(

    ResponderEliminar
  6. Um beijinho pelo Patim :(

    ResponderEliminar
  7. Anónimo10:26

    O Patim fez a viagem com a certeza de que não podia ter tido vida melhor. Conheço a dor destas "perdas", mas também o gosto das histórias e do amor. Concordo com as tuas palavras. Obrigada por seres como és!
    Beijinhos,
    Marta

    ResponderEliminar
  8. Anónimo11:23

    sei bem o que é perder um amigo, já perdi 3 cães e um canário muito fofinho...
    beijocas

    ResponderEliminar
  9. Oh... Mas é verdade que o Patim deve ter tido uma óptima vida!
    (quanto ao resto, deixa-nos a pensar...)

    ResponderEliminar
  10. O Pato
    Vinicius de Moraes
    Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulo Soledade
    (de novo, essa música para o Patim)

    Lá vem o pato
    Pata aqui, pata acolá
    Lá vem o pato
    Para ver o que é que há

    O pato pateta
    Pintou o caneco
    Surrou a galinha
    Bateu no marreco
    Pulou do poleiro
    No pé do cavalo
    Levou um coice
    Criou um galo
    Comeu um pedaço
    De genipapo
    Ficou engasgado
    Com dor no papo
    Caiu no poço
    Quebrou a tigela
    Tantas fez o moço
    Que foi pra panela (do céu, muito leve e contente, se encontar com a Joana, de quem ele tinha imensas saudades....)

    ResponderEliminar
  11. «Eis outra diferença entre a nossa civilização (oriental) e a civilização ocidental. Vocês admiram o homem que passa a vida a tentar chegar ao topo. Nós admirámos o homem que passa a vida a tentar abandonar o seu ego»

    in Seven Years in Tibet

    ResponderEliminar
  12. Anónimo22:25

    Arrepiante mas muito profundo.
    Lamento pela perda.Um beijinho :o)

    ResponderEliminar