Eu e mi primi estávamos no carro a ter uma das nossas conversas sérias. Nós ou temos conversas muito sérias ou conversas muito parvas, já reparaste mi primi? Eu falava falava falava, o semáforo ficou vermelho, mi primi abrandou, parou, eu continuei a falar sobre o assunto sério e de repente só ouço uma explosão e sinto o meu corpo a ser abanado como se de um bonequinho de trapos se tratasse. Caixas de CDs a voarem e a partirem-se, as minhas palavras a darem lugar a um grito* e os meus dentes a baterem violentamente. Abri os olhos e ainda demorei um bocado até perceber que tínhamos um jipe enfiado pelo nosso carro adentro. Um jipe que vinha a, vá lá, vinte, no máximo trinta km por hora e me fez tomar uma decisão para o resto da vida:
Pessoa que andar comigo, seja no meu carro, seja no próprio carro, seja em que assento for e independentemente da duração da viagem ou da velocidade a que formos,
VAI DE CINTO DE SEGURANÇA POSTO.
Nós estávamos paradas. Quietinhas e inocentes.
O jipe ficou intacto.
O miprimi mobile ficou com o porta-bagagens todo metido para dentro.
As nossas caras não estão metidas para dentro também porque obviamente tínhamos o cinto posto.
Fiquei a pensar na quantidade de pessoas que conheço (incluindo eu própria, ainda que raramente) que não usam o cinto de segurança atrás.
Obrigada, senhor iluminado. Obrigada obrigada obrigada, que só quase arranquei a minha própria língua à dentada e fracturei uma clavícula e fiquei sem uma mama e esmaguei o esterno. Mas estou biba! Cá beijinho, senhor inventor do cinto que salvou esta minha carinha laroca.
* o grito foi uma espécie de balido. Em duas palavras: ri dículo.
Depois da declaração amigável estar feita e os tremeliques terem acabado, passámos o resto da viagem numa conversa parva sobre o senhor que conduzia o jipe: a sua atitude correcta e amigável, a sua amigável aparência física, estado civil, profissão, local de trabalho, número de telefone, trocadilhos obscenos sobre a posição relativa das viaturas... enfim. As conversas que as pessoas acidentadas têm habitualmente.
(Amanhã dou notícias da minha caixa torácica.)
O jipe ficou intacto.
O miprimi mobile ficou com o porta-bagagens todo metido para dentro.
As nossas caras não estão metidas para dentro também porque obviamente tínhamos o cinto posto.
Fiquei a pensar na quantidade de pessoas que conheço (incluindo eu própria, ainda que raramente) que não usam o cinto de segurança atrás.
Obrigada, senhor iluminado. Obrigada obrigada obrigada, que só quase arranquei a minha própria língua à dentada e fracturei uma clavícula e fiquei sem uma mama e esmaguei o esterno. Mas estou biba! Cá beijinho, senhor inventor do cinto que salvou esta minha carinha laroca.
* o grito foi uma espécie de balido. Em duas palavras: ri dículo.
Depois da declaração amigável estar feita e os tremeliques terem acabado, passámos o resto da viagem numa conversa parva sobre o senhor que conduzia o jipe: a sua atitude correcta e amigável, a sua amigável aparência física, estado civil, profissão, local de trabalho, número de telefone, trocadilhos obscenos sobre a posição relativa das viaturas... enfim. As conversas que as pessoas acidentadas têm habitualmente.
(Amanhã dou notícias da minha caixa torácica.)
Caneco, ainda me lembro do dia em que também ia muito bem a conversar e levámos uma pancada do carro de trás. Aquilo era praticamente uma fila, por isso bem podes calcular a velocidade. O meu companheiro viu que o carro ia bater, mas eu fui totalmente surpreendida... Quando saímos todos cá para fora (nós e o outro casal) e observámos a mala do nosso carro (que não tinha nada), vejo-os de repente a olhar para mim. E dizem, apoiando-me no ombro: «Calma...». Só nessa altura é que reparei que respirava ofegantemente e muito alto...
ResponderEliminarPosso imaginar o vosso susto... As melhoras.
Beijinhos, Rita
Boa noite,
ResponderEliminarQue grande susto!Ainda bem que tudo correu bem.As melhoras...
Beijinhos da
Paula e do Martim
olá natacha, eu sou a Carolina Vila-Chã e tenho muita pena de ti.
ResponderEliminarMas o que vale é que ainda estás «biba».
Mas aquela rapariga fez uma coisa muito má(dizer que fez o teu «lindo desenho» ).
Beijos,
Carolina da Torre Vila-Chã
Tás biba, carago, mas num pregues sustos à gente! ai.
ResponderEliminarPuxa Natacha...
ResponderEliminarQue situação mais marada!
Espero que recuperes rápido!
Bjoca grande!!!
As melhoras, para ti e para a tua prima!
Eu sei o que é isso. Mas os tremeliques não me passaram tão depressa. Beijinhos, Nat.
ResponderEliminarNossa, pelo jeito foi um susto, mas você está viva e logo estará muito bem. Melhoras e beeeijo
ResponderEliminarE a "fotoreportagem"? ;)
ResponderEliminarBahhh!, 'tou a brincar.
As melhoras, Natacha.
Bjinho.
pf
Safa! Que grande susto! Espero que recuperes depressa!
ResponderEliminarpoças!
ResponderEliminarmas que susto.
o que importa é que tás bibinha da silva!
;)
e entao LINDA?
ResponderEliminartas melhorzita?
ou muito dorida?
as melhoras!
Bjocas
Põe-te boa!!!
ResponderEliminaraiai! As melhoras!!
ResponderEliminarComigo já aconteceu, mas eu vinha sozinha, fiquei com o carro todo empanado e o gajo fujiu. E para mais a matricula que tirei não era a do carro que me bateu...
ResponderEliminarNo dia seguinte tinha uma valente dor de esterno, umas nódoas negras e a conta bancária nas lonas...
Ana Cristina
Estou óptima!!! :D
ResponderEliminarObrigada e muitos beijinhos para todos.