12 de setembro de 2007

azul

Um dia destes fomos a Ponte de Lima namorar. Quando entrei com o carro na auto-estrada olhei para a paisagem à minha volta e senti uma paz profunda. O anoitecer era azul, o verde dos montes era azul e o cheiro era azul. Desliguei o rádio e inspirei. E ao fechar a janela para começar a acelerar, fui arrancada desse momento egoísta por uma pergunta que aterroriza tanta gente e que por momentos me aterrorizou também:

O que é que eu faço aqui?

10 comentários:

Anónimo disse...

És tão linda, Nat. Do ponto de vista geográfico, de facto não sei o que fazias no local onde te encontravas. Do ponto de vista ontológico, também não sei muito bem... nem os inúmeros filósofos que causaram o abate de inúmeras árvores, para escreverem os seus tratados sb essa mesma questão. Do ponto de vista existencial... posso assegurar-te que estás cá para nos alegrar e colorir a vida, todos os dias... e para seres feliz, que é o que te desejo.
Sandra Silva, V.C.

Anónimo disse...

Querida Sandra. Antes de ler o teu comentário vinha da rua a olhar à volta e a pensar se já nos teremos cruzado em Biana City.
Apesar da distância confortável que a internet nos proporciona, às vezes penso em como será a cara das pessoas que me visitam diariamente e a quem me afeiçoei através de comentários e emails.
Saber que entendes perfeitamente este post e o que eu senti quando a dita questão me veio à cabeça, faz-me sentir que não preciso de muito mais...
Se este blog me permitir um dia fazer algo de realmente bom pelo mundo, a culpa também será tua e das muitas pessoas com quem nos sintonizámos. Muito obrigada :)*

Anónimo disse...

Agora, é só para dizer (e apetece-me dizer publicamente) que fiquei arrepiada... mais uma vez.
Sandra, V.C.

Anónimo disse...

1º Não sei se é bem isso que queres dizer, mas sinto-me muitas vezes, perante a grandeza do mundo e a beleza do que nos rodeia, pequenina, pequenina... e questiono-me, também muitas vezes, se merecemos ou não o Mundo em que vivemos e nunca cheguei a nenhuma conclusão sobre o porquê de haver tanta gente a querer fazer mal à nossa Terra que é tão bela, tão linda, tão fofa!!
2º Obrigada pelo teu comentário, tenho deixado posts tão espaçados que pensava que já ninguém via o meu bloguinho.
bjecas :)

Tulaunia disse...

Nat, é lindo o que escreves.

sapatinhos de verniz disse...

e obtiveste alguma resposta?!

sapatinhos de verniz disse...

...é que há dias que penso exactamente o mesmo...
mas logo me recupero e penso que o mais importante nao é pensar no que estamos aqui a fazer, mas descobri-lo através da nossa entrega a esses divinos prazeres que nos colocam cada vez mais próximos e em contacto com nós próprios e com os outros!

Anónimo disse...

Sobral, eu raramente me coloco essa questão. Concretamente, não sei a resposta. O que sinto é que devo fazer o que posso, sem desespero ou fundamentalismo, para mudar o mundo. E é por isso que me aterroriza pensar que sou microscópica e que sozinha não mudo nada. A minha luta é pela consciência do que nos rodeia, pelo amor, pelo respeito e pelas mudanças a longo prazo.
(sou tão profunda)

Muitos beijinhos para todas e obrigada :)

Anónimo disse...

E não é que és mesmo! Era caso para dizer 'deep blue'. :)
Sandra, V.C.

zarah disse...

É bom questionar. É bom sentirmo-nos "overwhelmed"!
É bom saber a resposta. Acho que sou mais feliz por saber a resposta. Sim, sem dúvida sou mais feliz por saber a resposta. :)
beijos*